terça-feira, 17 de maio de 2011

Aqui também tem um bando de Louco

Logo que cheguei a Munique, fui,após me hospedar, direto para a Allianz Arena, famoso palco de alguns jogos da Copa do Mundo de 2006 e de diversos jogos do Bayern.

Cheguei lá e fiz um tour guiado pelo estádio. Ele é simplesmente enorme. Maravilhoso. A foto diz por si só.
Mas o mais interessante desse passeio não foi isto. Estava eu aguardando a hora do início do Tour pelo estádio, após fazer algumas compras nas lojas do Bayern e do 1860, quando vejo do outro lado do corredor um símbolo muito particular e conhecido. Sim amigos! Aqui e em todo lugar há o Bando de Loucos. Nós somos uma praga. Vejo dois caras vestidos com roupas do saudoso Sport Club Corinthians Paulista. Claro que na hora já fui falar português com eles.

Pois bem, eles trouxeram uma bandeira do Timão e todas as fotos eram feitas com elas. Invadimos a Allianz Arena. É nóis que tá, mano!

domingo, 15 de maio de 2011

O Pardal Salvador de Ulm

Ulm tem como animal símbolo da cidade um pardal. Sim, um pardal! Aquele passarinho comum em tudo que é lugar do mundo.

E há uma lenda para explicar porque esta pequena ave foi escolhida como símbolo da cidade. E vamos dizer que é uma lenda muito estranha, como verão a seguir.

Tudo começou em um ano qualquer quando Ulm era apenas um burgo medieval. Os homens geralmente saiam dos muros da cidade e iam buscar grandes troncos de madeira nas florestas para construírem as suas casas. Até ai tudo bem, normal, correto? O problema começou ( que baita problema vejam vocês!) quando ao chegarem com as enormes toras de madeira junto ao portão do burgo, à época murado, as toras não passavam por tal portão visto que elas eram carregadas transversalmente nas carroças, conforme desenho explicativo abaixo.

Pois bem. Criara-se o problema. Eles tinham a madeira para as casas, porém não conseguiam entrar na cidade. E agora? Então foram aos conselheiros da cidade e nada, nenhum soube resolver o problema. Perguntaram então para o prefeito, o homem mais sábio. Ele nada soube fazer.

Ai então surgiu o ser salvador. O pardal. Isso mesmo, você que lê esse texto já deve ter resolvido o problema, mas o pardal também resolveu. Estava lá a pequena ave no alto de uma casa construindo o seu ninho tranquilamente quando o mesmo problema surgiu. Um pedaço de palha ficou para fora do ninho e não passava pela entrada. O que o pardal fez? Com a sua grande astúcia, pegou a palha com o bico, virou 90 graus e entrou com a palha pela entrada. Sem segredos. A sorte da cidade de Ulm é que um morador viu o pardal fazer essa proeza e pensou "Por que não fazemos o mesmo?". Resolvido o problema da cidade. As toras foram viradas em 90 graus e entraram facilmente pelos portões da cidade. E Ulm pode prosperar. Em homenagem o pardal foi atestado como animal símbolo da cidade.

Pois é. Sabe o que pior? Ulm foi a cidade onde nasceu e cresceu Albert Einstein!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A Monstruosa


Ulm é uma cidade fundada por volta do século IX. Localiza-se na divisa entre Baden-Wutenberg e a Baviera, às margens do Rio Danúbio, aqui chamado de Donau. É uma cidade razoavelmente grande e muito interessante.

Mas o que mais chama a atenção neste local é a famosa Ulm Munster, que deveria significar a monstruosa de Ulm, pois é muito grande e alta. Mas na verdade significa catedral de Ulm. Ela é a catedral com a torre mais alta do mundo chegando a 161 metros, e com degraus - 768 no total - até 143 metros. Degraus esses que percorri e cansei bastante. Melhor que qualquer dia na academia. Mas o pior não é subir, que só é cansativo; o problema é sim descer, quando fui descendo e olhando para baixo.

Ulm foi devastada durante a Segunda Guerra Mundial. No final de 1944 os Aliados bombardearam-na destruindo boa parte da cidade. A Catedral ainda manteve-se de pé em sua maioria, e também as casas da cidade baixa, mais antiga, porém a cidade que circundava a catedral praticamente desapareceu, por isso hoje percebe-se que os prédios na área central são mais modernos. Segundo a senhora que trabalha no museu da cidade foram despejadas 770 toneladas de bombas em apenas 20 minutos contra a cidade. Aposto que os generais e políticos que fazem as guerras não estavam lá embaixo.

Vale a pena visitar Ulm. Cidade onde nasceu Albert Einstein, mas que tem uma história muito interessante sobre o animal símbolo da cidade, o pardal. Mas essa eu deixarei para depois.

Visitei também o Donau Stadion, campo do SSV Ulm 1846, da Regionaliga Sud alemã. Nunca entrei em um estádio tão facilmente. Ele fica aberto quando não há partidas. O clube é alvinegro como o Timão. Fotos do estádio serão publicadas no ludopedio.com.br . Aguardem.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Avião e primeiro dia

Quando saímos do chão pude notar como é interessante olhar para baixo à noite. As luzes e ruas das cidades formam desenhos maravilhosos de serem observados. O mais interessante é que toda e qualquer cidadezinha que passa pode-se logo notar a praça central, para onde todas as luzes se caminham.

Uma coisa bizarra logo no início do vôo. Após alguns minutos começou a passar na TV uma compilação de notícias feita pela Lufthansa. Provavelmente notícias do último fim de semana. O mais estranho - não havia som - eram que se tratavam somente de notícias de desastres. Uma sobre um mega incêndio em uma suposta refinaria, pessoas sendo resgatadas de um barco, enchentes, e até cenas de algum conflito em um país que não consegui identificar. Na boa, notícias nada confortáveis para quem está em um avião a milhares de pés de altura. Bom, pelo menos depois vieram os gols da última rodada da Bundesliga. Mais confortante, não?

Após 11 horas e alguns minutos de viagem, pousei em Frankfurt. Desci e a mala já estava sendo remanejada para o vôo que iria para Munique. Nem toquei nela. A conexão é automática. O que me surpreendi, mas só fui descobrir quando cheguei ao aeroporto de Munique é que passei pela imigração sem saber que estava realmente passando. Após descer o vôo peguei uma fila onde havia cabine com policiais verificando documentos. Não achei que era a imigração pois era um local muito tranqüilo, sem distinções de europeus e estrangeiros. Pensei que era apenas uma verificação. O policial somente me pediu o passaporte, perguntou se iria para Munique ou outro lugar, e perguntou se era turismo ou negócio. Achei que ele estava conversando, sendo gentil. Nem precisei mostrar nenhum outro documento. Ele simplesmente carimbou o passaporte com um pequeno carimbo escrito Frankfurt e com a data. Pronto. Passara pela imigração. Só descobri em Munique, quando sai do vôo de Frankfurt e vi que não havia nada.

Quanto aos aeroportos vou dizer uma coisa: maravilhosos. O de Frankfurt é enorme, não tem fim. Acho que andei um quilometro entre um terminal e outro. É simplesmente enorme e muito organizado. Até peguei um ônibus articulado no caminho. O de Munique não é tão grande, mas é muito bonito. Entre os seus dois terminais há uma praça centra coberta, porém com claridade, que é muito bonita. Não tive tempo de parar, mas deu vontade de entrar em um dos bares e tomar uma cerveja nacional.

Quanto ao sistema de trens da Alemanha, da famosa Deutsch Bahn, algo sensacional. Impressionante. Primeiro peguei um trem, como se fosse um CPTM (melhorada) ligando o Aeroporto a estação Leste de Munique. Depois um trem regional, e finalmente um ligando Ulm a Heidenheim. O mais agitado e cheio de todos era o que ligava Ulm a Heidenheim; cheio de adolescentes saindo da escola e de velinhos.

Tudo ótimo por enquanto. Já tomamnos uma ceveja nacional de trigo por aqui no início da noite e preparado para o próximo dia.

domingo, 8 de maio de 2011

Introdução

Olá meus caros,
Falta apenas um dia para este que escreve nestas páginas da nuvem viajar para Europa nessas férias de 2011.
Como devem imaginar estarei postando aqui - pelo menos espero estar fazendo isto - comentários sobre o mês que passarei no continente europeu.
Como a maioria de vocês que leem sabem irei visitar meu caríssimo colega Ricardo Ping em seu futuro império na Alemanha e de lá sairei por terras do Velho Mundo. Ainda não tenho um roteiro definido, e que será feito de acordo com o que será postado neste blog.
Mas por que esse blog tem esse título? Bom, quem me conhece um pouco pode até imaginar, mas tentarei explicar. Para isso retornarei ao passado. Sempre, desde pequeno, fui conhecido por ser corinthiano, acima de tudo. Com muito orgulho por sinal. Descobri isso por volta de 2004/2005 - não me lembro exatamente - quando em um reencontro de amigos da segunda série do primário uma amiga disse que lembrava de mim por eu ser corinthiano. Fiquei com orgulho daquilo. Por isso escolhi esse título.
Quero deixar bem claro que não sou "o" Corinthiano, como no título daquele filme do Mazzaroppi, mas sim "um" Corinthiano, pois sei que sou mais um nessa nação maravilhosa.
Mas de qualquer forma vamos voltar ao que pretendo contar aqui: histórias, comentários, e até algumas fotos dos lugares que passarei.
Peço a todos que lerem que por favor emitam suas críticas e comentários. Claro que palavrões serão tolerados dentro dos limites impostos por mim, os quais não cabem serem ditos.

Valeu! Aqui é Corinthians!

Marco